domingo, 7 de novembro de 2010

APRENDENDO A CONSUMIR COM RESPONSABILIDADE



Aprender a consumir conscientemente é o grande desafio deste século quando se tem como responsabilidade utilizar os recursos com cuidado tendo em mente a sua conservação para o uso das gerações futuras. Por isso surgem dúvidas e questionamentos: Estamos utilizando adequadamente o que temos? Precisamos realmente de tudo que compramos? Sabemos escolher bem o que consumimos?

Se o consumo é a medida de uma vida bem sucedida, da felicidade e mesmo da decência humana, então foi retirada a tampa dos desejos humanos: nenhuma quantidade de aquisições e sensações emocionantes tem qualquer probabilidade de trazer satisfação da maneira como ‘manter-se ao nível dos padrões’ outrora prometeu: não há padrões a cujo nível se manter – a linha de chegada avança junto com o corredor, e as metas permanecem continuamente distantes, enquanto se tenta alcançá-las. (BAUMAN, 1998, p.56).


O QUE É CONSUMO?

O consumo é uma atividade vital baseada em necessidades primordiais para o ser humano e para a sociedade na qual vive, porém, pode variar de pessoa para pessoa e de sociedade para sociedade. Constitui-se na fase final do processo produtivo, precedido pelas etapas da fabricação, armazenagem, embalagem, distribuição e comercialização ( RECICLOTECA- Centro de Informações sobre reciclagem e meio ambiente). Esse modo de consumir teve início com a chamada Revolução Industrial na qual, a humanidade passou a produzir bens em escala cada vez maior, trazendo com isso o desenvolvimento de uma sociedade capitalista, marcada por uma necessidade intensa de consumo.


COMO ESTAMOS CONSUMINDO?

Quando se fala de consumo associa-se à compra, porém esta é apenas uma das etapas de um processo que envolve decidir o que consumir, por que consumir, como consumir e de quem consumir e, após a compra, existe o uso e o descarte do que foi adquirido.
Considerando todos esses aspectos e refletindo sobre as atividades cotidianas conclui-se que nem sempre consumir exige efetivamente uma compra. Mesmo que se passe o dia inteiro sem abrir a carteira existe o consumo. Ao acordar por exemplo, o individuo geralmente vai ao banheiro e consome água, eletricidade, creme dental, sabonete etc. Logo após toma o café da manhã e ao sair para o trabalho se não for caminhando ou de bicicleta, consome combustível, mesmo que seja de ônibus. E dependendo da ocupação de cada um, haverá diferente tipos de consumo, mas certamente, o uso de eletricidade, água e papel, por exemplo estarão presentes.
O fato é que o ato de consumir deveria estar sempre atrelado às necessidades reais do ser humano, entretanto, a sociedade cria um padrão que tende a ser seguido e muitas vezes não se utiliza nenhum critério no que se consome. Além disso, um produto que é “necessário” para um indivíduo pode ser dispensável para o outro.


QUAIS OS RISCOS DO CONSUMO EXAGERADO?

Os recursos naturais, quando são consumidos sem critério desencadeiam a desigualdade social e o desequilíbrio ambiental. Um bom exemplo é a água potável disponível para o consumo. Esse recurso natural é um bem raro, mas está sendo utilizado de forma irresponsável e irracional. A maioria dos consumidores residenciais, industriais ou de estabelecimentos agrícolas utiliza mais água do que precisam, com isso há um desperdício generalizado. Por se constituir num recurso escasso, mesmo quem tem como arcar com as despesas, e, portanto possa, em princípio, gastar a quantidade de água que julgar suficiente, é aconselhado à reflexão de que tal atitude trará como impacto a indisponibilidade deste recurso para um grande número de pessoas. Desse modo, o uso inadequado dos recursos naturais conduz o planeta a um caminho de degradação e a sobrevivência da humanidade a um sério risco.
COMO CONSUMIR CONSCIENTEMENTE?


O consumo é algo que faz parte do nosso dia-a-dia e nos traz a sensação de bem estar mas é preciso ser sensato na hora de escolher o vamos consumir.
Neste século entramos na história com um período de expansão tecnológica e científica amplo, com descobertas geniais, mas com um legado de um desequilíbrio ambiental que ameaça a continuidade da vida dos seres humanos no planeta Terra. Por isso, é necessário que a sociedade reduza e altere drasticamente a forma de consumo, redefinindo o modelo de produção e investindo na idéia de desenvolvimento com harmonia e respeito às limitações ecológicas do planeta, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e de viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência).

DICAS DE CONSUMO CONSCIENTE:


A coleta seletiva e a reciclagem de lixo têm um papel muito importante para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matérias-primas que de outro modo seriam tiradas da natureza. A ameaça de exaustão dos recursos naturais não-renováveis aumenta a necessidade de reaproveitamento dos materiais recicláveis, que são separados na coleta seletiva de lixo.FONTE: Secretaria de Estado do Meio Ambiente (2001). Guia Pedagógico do Lixo. 2 ed. São Paulo.


REFERÊNCIAS:
BAUMAN, Zygmunt, Vida para consumo. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de janeiro: Zahar,2008.199p.
COLETA SELETIVA COMO FAZER disponível em www.lixo.com.br. Acesso em 12/10/2010.
RECICLOTECA - Centro de Informações sobre reciclagem e meio ambiente. www.recicloteca.org.br

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BIÓLOGO...

Biólogo não come, degusta.
Biólogo não cheira, olfata.
Biólogo não toca, tateia.
Biólogo não respira, quebra carboidratos.
Biólogo não tem depressão, tem disfunção no hipotálamo.
Biólogo não admira a natureza, analisa o ecossistema.
Biólogo não elogia, descreve processos.
Biólogo não tem reflexos, tem mensagem neurotransmitida involuntária.
Biólogo não facilita discussões, catalisa substratos.
Biólogo não transa, copula.
Biólogo não admite algo sem resposta, diz que é hereditário.
Biólogo não fala, coordena vibrações nas cordas vocais.
Biólogo não pensa, faz sinapses.
Biólogo não toma susto, recebe resposta galvânica incoerente.
Biólogo não chora, produz secreções lacrimais.
Biólogo não espera retorno de chamadas, espera feedbacks.
Biólogo não se apaixona, sofre reações químicas.
Biólogo não perde energia, gasta ATP.
Biólogo não divide, faz meioses.
Biólogo não faz mudanças, processa evoluções.
Biólogo não falece, tem morte histológica.
Biólogo não se desprende do espírito, transforma sua energia.
Biólogo não deixa filhos, apresenta sucesso reprodutivo.
Biólogo não deixa herança, deixa pool gênico.
Biólogo não tem inventário, tem hereditário.
Biólogo não deixa herdeiros ricos, pois seu valor é por peso vivo.

sábado, 24 de julho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

RIO SÃO FRANCISCO. MUITO LINDO!




Direitos da Água

A presente Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada tendo como objetivo atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para que todos os homens, tendo esta Declaração constantemente no espírito, se esforcem, através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações anunciados e assumam, com medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação efetiva.
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, povo, nação, região, cidade, é plenamente responsável aos olhos de todos.

2. A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode escassear em qualquer região do mundo.

7. A água não deve ser desperdiçada, poluída ou envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se esgote ou deteriore a qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8. A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou sociedade que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.